quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Momento...


Mais um dia que esta a passar. Mais barreiras ultrapassadas. As palavras cada vez são mais para descrever a enorme quantidade sentimentos e emoções que sinto, enfim, para descrever aquilo que se passa na vida. E as minhas palavras deixam ser formadas só por letras, elas são formadas pela música, pelos sons da natureza que fala por mim, pelo correr das águas mansas ou rápidas, pelos sons das aves do céu. São formadas pela chuva e pelo sol, tudo fala em meu nome, todo Universo diz aquilo que eu não consigo dizer. Todos os dias faço questões para depois encontrar respostas. Eu sou um presumido, não tenho a ideia real daquilo que passo para os outros, questiono-me constantemente se serei eu realmente normal aos olhos dos outros. Apesar de tudo a dúvida subsiste. Mas, quem não é presumido, todos temos orgulho de nós próprios, todos achamos que somos melhores do que os outros, todos desejamos ser melhor do que os outros. Todos somos livres de ser melhor do que os outros e é com os outros que evoluímos. Quer dizer, somos livres e não somos. Somos livres até ao limite da liberdade dos outros. Somos livres quando os outros ou alguém, não nos limita a nossa liberdade. Cada um por si tem que conquistar a sua liberdade e isso é uma tarefa que cada um deve fazer ao longo da vida. E ainda, pode acontecer que os nossos limites não nos deixem alcançar a liberdade desejada, e então temos tendência para nunca estarmos satisfeitos e vivermos em constante ansiedade, tentando ultrapassar esses limites. Nascemos ilimitados, esta vida é que nos limita.
O poder, o poder faz mal aos homens. Quem está no poder, necessita de poder. Poder de sedução, poder de produzir coisas agradáveis aos olhos dos outros. Poder é ser-se capaz de ser-se melhor do que os outros, pelo menos deve ser assim. Poder é saber ouvir, poder é sorrir, poder é saber amar. Poder é ter a sabedoria das coisas sem presunção, ter a abertura de querer saber mais sempre, ter desejo de ultrapassar constantemente os próprios limites. Poder significa também sofrer. Quanto mais alto se sobe melhor se vê, mas tanto se vê o bem como o mal, não se vê só o bem como se poderia pensar. Ter poder é saber seleccionar entre o bem e o mal, entre aquilo que é melhor para nós e para os outros e o que é pior para esse equilíbrio entre nós e o outros. Há o poder do olhar, o poder da mente, poder de sedução, poder físico, poder do toque, poder da inteligência que produz a sabedoria. Será que a inteligência produz sabedoria? Chegamos a uma altura da vida em que a inteligência se interpenetra com a sabedoria. A inteligência tem o maior potencial no princípio da vida diminuindo à medida que o tempo passa. A sabedoria, pelo contrário, vai crescendo ao longo da vida atingindo o seu auge já no final da vida enquanto somos lúcidos.

terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Eles e eu...


Para uns as coisas são mais simples do que parecem, mas as coisas não serão assim tão simples. Uns querem passar despercebidos, outros querem a exposição e querem ser vistos, ah, mas eles sabem acautelar-se. Uns acham que não merecem o que têm, mesmo que não tenham nada, outros acham que deviam ter muito mais, tendo tudo. E eles tapam os olhos dos outros, com filtros, para que não os vejam completamente, para só serem vistos como eles querem. E eles fingem, para enganarem os outros, os desprevenidos. Eles apontam o dedo aos outros, para desviarem a atenção sobre eles. E os outros calam-se porque que não têm armas para lutar. E eles fingem que querem ajudar, mas na verdade eles querem é governar-se e viver da dor do próximo, que para eles não é próximo, é mais um número, um conjunto de reacções que devem ser tratadas com aquilo que eles dizem que faz bem. E eles metem-lhes medo, fazem-nos acreditar que aquilo que eles sentem é verdade, metem-lhe mais medo, e os outros acreditam neles. E eles dizem que tudo correrá bem, tem é que seguir o prescrito. E eles estão sempre certos, os outros que se opõem é que estão errados. E eles unem-se e formam uma força que até parece ser a da legião da verdade. E só eles sabem criticar. E eles utilizam todo o apoio que têm para penetrar no tecido fraco, mas não o querem matar, deles depende a sua sobrevivência. Eles pensam que ajudam, se calhar até estão convencidos disso.
– um homem age segundo aquilo em que acredita, mas chegam a um ponto que têm de defender a camisola. E eles então chegam a um ponto que deixam de saber, frente ao paradoxo em que se encontram, mas inventam coisas sobre os outros, apontam o dedo aos outros. E os outros rendem-se, uns tornam-se como eles, se calhar, para confirmar a tese, acreditam que sim, e outros calam-se para sempre, porque a sobrevivência assim lhes faz agir. A revolta não se quer neste sentido, não pode haver o excesso nem a escassez, tem de haver a concordância, o diálogo ameno, a busca do conhecimento. E a eles é permitido tudo, todas as suas acções são aplaudidas, tudo mete graça. Aos outros, até o sorrir é uma doença. Mas quem são eles? Eles andam lado a lado, vivem com os outros, mas como eles têm tudo, dizem que está tudo bem e no bom caminho. Eu sou, tu és, ele é, nós somos, vós sois, eles vivem, os outros sobrevivem...

Bemposta, aldeia sem eira, nem beira…


Bemposta uma pequena aldeia do concelho de Penamacor, foi símbolo de autonomia até 6 de Novembro de 1836, hoje passados 172 anos da perda da sua autonomia, continua fechada para si mesma, sem qualquer incentivo camarário para a projectar como aldeia histórica. Apenas dispõe de uma monografia elaborada por uma neta da terra e editada pela Câmara Municipal de Penamacor, mas na realidade aquilo que se pinta no papel não corresponde a realidade, o seu património tem sofrido profundos atentados pelas sucessivas juntas que por lá tem passado. É o caso da ponte romana que continua sem se poder visitar, para além de ter sofrido alguns anos atrás a demolição de um dos seus anéis, pelo construtor da nova ponte, agora foi o proprietário de um parqueamento de gado local que se apropriou do terreno pertencente aos domínios da ponte e a cercou com arame farpado e outra, ainda mais deprimente, na ribeira das taliscas as “poldras” de granito (açude e fráguil) que outro h´ora serviam para atravessar a ribeira, foram destruídas e no seu lugar construíram dois pontões em cimento, apenas restam as do sitio do coito, espera-se que não tenham igual sorte. Os pontões até faziam todo o sentido em ser construídos para ligarem os terrenos envolventes entre Bemposta e Pedrógão de S.Pedro, mas podiam passar ao lado delas? Esta é outra das causas que já tem passado, tem presente e, menos ainda, futuro. Toda a aldeia esta calcetada em pedra, na zona histórica (zona envolvente praça do Município e pelourinho) está alcatroada para além de todo este espelho, um cabo ligado a um computador na capela do espírito santo, para tocar os sinos, atravessa todo o centro histórico e termina na torre do relógio. Quem vai a Bemposta fazer uma visita e quer tirar uma fotografia depara-se com está teia sendo um oposto aberrante, visualmente. Para terminar a revitalização da via-sacra da terra que tantos rios de tinta correram pelos jornais, deve-se todo o mérito a Maria Aida Ventura, que encostou o efectivo da junta com a espada contra a parede:
– Ó vocês restauram a via-sacra, eu e a minha família, temos dinheiro para a restaurar.
A mesma, já tinha feito o restauro das alminhas e salvou a Domus Municipalis da ruina, adaptou a nossa terra como lugar de paixão.
Penso que a nossa terra ainda não é causa perdida á que pôr um travão e um mínimo de bom-senso. A este ritmo e a esta continua devastação da terra, acrescenta-se a falta de sensibilidade para com a juventude, enquanto outras aldeias do concelho estão a apostar na distribuição de internet banda larga (wireless), serve de exemplo a Benquerença que se notabilizou na primeira aldeia wireless de Portugal, em Bemposta a internet foi retirada, porque os “putos” andavam a frequentar sites pornográficos, como se não houvesse restrições! Sei que já não adianta falar nas Assembleias de Freguesia, visto que as restrições da internet apenas são para alguns, porque um dos elementos do efectivo da Junta de Freguesia em plena actividade da Assembleia de Freguesia vai dando uns saltinhos no jornal online da Bola e Record. E assim sé vai vivendo nesta terra Beirã, caça-se mais umas perdizes, vai-se fazendo umas excursões ao jardim Zoológico, umas festarolas para animar a malta e o tempo vai passando…

domingo, 24 de fevereiro de 2008




Há textos que ao longo da nossa vida nos perseguem, porque nos vemos neles, ou porque nos emocionam, ou por razões que desconhecemos. Alguns muito conhecidos, outros nem por isso, para mim são únicos quando os encontramos, parecem ter sido escritos para nós, mesmo que quiséssemos, não conseguimos livrar-nos deles. Este é um deles:
Alberto Caeiro
Da Minha Aldeia


Da minha aldeia vejo quanto da terra se pode ver no Universo...


Por isso a minha aldeia é tão grande como outra terra qualquer


Porque eu sou do tamanho do que vejo


E não, do tamanho da minha altura...
Nas cidades a vida é mais pequena


Que aqui na minha casa no cimo deste outeiro.


Na cidade as grandes casas fecham a vista à chave,


Escondem o horizonte, empurram o nosso olhar para longe


de todo o céu,


Tornam-nos pequenos porque nos tiram o que os nossos olhos


nos podem dar,


E tornam-nos pobres porque a nossa única riqueza é ver.


Alberto Caeiro, ao escrever o Guardador de Rebanhos estaria verdadeiramente a escrever a história da sua vida? Mais do que poemas, Caeiro escrevia testemunhos para o futuro.

sábado, 23 de fevereiro de 2008

Associativismo


Acredito nos Homens e Mulheres que acreditam nos valores do movimento associativista. Pois eles promovem a solidariedade, ajuda mútua, o bem comun, constroem realidades que cada um por si, não é capaz de realizar. Partilham sonhos, ideias que culminam em projectos comuns.

O Associativismo promove a participação e a responsabilidade dos jovens para a sua integração na vida activa, apoiando-se no espírito empreendedor das mais diversas áreas. Icentivando a criação artistica e estimulando a actividade cultural. São as Associações as grandes protagonistas da modernização e na construção de uma vida social mais aberta.

Acreditamos que...


Todo o jovem tem direito a explorar.

Todo o jovem tem direito a usar a imaginação.

Todo o jovem tem direito a participar.

Todo o jovem tem direito a descobrir o mundo.

Todo o jovem tem o direito a errar, porque só assim é possivel aprender.

Todo o jovem tem o direito a ser jovem.

Eles foram os jovens de outros tempos, eles exploraram, imaginaram, participaram e partiram a descoberta do mundo. Eles nos mostram que nós, somos capazes de mudar o mundo, provocando a mudança no nosso Ser. Eles nos ensinam que também somos nós que temos que fazer essas transformações...

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Portfólio

Podem consultar o meu portfólio em: http://www.portfoliodl.wordpress.com/
O meu porfólio contém uma página inicial com uma fotografia minha e onde se pode aceder às diversas páginas. Estas páginas contêm os índices dos trabalhos realizados:

- Blog-
http://www.gens-isibraiega.blogspot.com/, esta é a minha rubrica onde relato as minhas, reflexões, notas, impressões, apontamentos, comentários, indicações, desabafos, interrogações, controvérsias, flatulências, curiosidades, citações, viagens, memórias, notícias, perdições, esboços, experimentações, pesquisas, excitações, silêncios.

- Certificados- Da minha participação em eventos sociais e cursos de formação profissional para além de outros.

- Contactos- A minha morada, e-mail e nº de t.movel.

- Curriculum Vitae- Informação Pessoal, Experiênçia profissional, Formação Académica e profissional, Aptidões e competências pessoais, Recomendações e porfólio.

- Eventos Realizadsos- Onde estão expostos os cartazes dos eventos realizados para as seguintes entidades: Associação “Domus Egitanae”, Sexto Empírico (Núcleo de Esdudantes da Universidade da Beira Interior), Departamento de Comunicação e Artes, junta de Freguesia de Bemposta para além de muitas outras parcerias com endidades públicas.

- Media- Eventos públicados nos jornais e artigos da minha autoria públicados.

- Multimedia- Trabalhos realizados em fotografia, video e animação.

- Projectos- Em que estou inserido e futuros projectos a realizar.

PS- Alguns links encontram-se em construção

A nossa pessoa é uma fotografia do mundo , o sonho entranhado na realidade é próprio do seu movimento, tomando uma infinita variedade de atitudes...


quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Façam o favor de fazer uma visitinha a este blog...

http://bocadeincendio.blogspot.com/
BOCA de INCÊNDIO
Reflexões, notas, impressões, apontamentos, comentários, indicações, desabafos, interrogações, controvérsias, flatulências, curiosidades, citações, viagens, memórias, notícias, perdições, esboços, experimentações, pesquisas, excitações, silêncios
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Futura médica nazi? - Carta Aberta ao Reitor da Universidade da Beira Interior e ao Director da Faculdade de Medicina da UBI*

Rita Vaz, aluna do 1.º ano da Faculdade de Medicina da UBI, é a líder da Juventude Nacionalista (JN), estrutura juvenil do Partido Nacional Renovador (PNR), não representa praticamente ninguém (120 militantes a nível nacional), mas não é isso que me preocupa, preocupa-me o facto de ser estudante de Medicina, preocupa-me o facto de poder vir a exercer a Medicina, por esta razão tomo esta posição pública em forma de carta aberta. Pergunto-me: quem não sabe o papel dos médicos nazis no III Reich (Regime Nazi), no Holocausto, no programa de Eutanásia, no programa de Eugenia, no genocídio de judeus, ciganos, homossexuais, cidadãos portadores de deficiência, comunistas e de todos os que os nazis não toleravam (e os neo-nazis não toleram)? Esta aluna, a ser uma futura médica, não vai, como diz, pôr de parte as suas ideias para exercer medicina. Os médicos nazis não o fizeram, ela que admira Hitler, o III Reich e o Nazismo, o que para o caso é o mesmo e a sua “maior obra”, o Holocausto, ainda que se limite a dizer que apenas admire pessoalmente “algumas ideias” do nacional-socialismo. Diz que não é racista, mas não tolera que um “preto” (porque não é europeu) possa ser cidadão português, só um “branco”. A acabar esta jovem o curso de Medicina, a poder entrar na Ordem dos Médicos e a chegar a exercer Medicina, poderá a Ordem responder por ela, por cada paciente que lhe morra nas mãos e que não seja branco, seja estrangeiro, deficiente ou homossexual? Estarão o Estado Português e a Justiça Portuguesa preparados para ser alvo de acusações de negligência??? Será que uma prática nazi não colide com o código deontológico da Ordem dos Médicos? E a UBI? Quem tem a UBI a dizer sobre as ideias desta sua aluna? Estará um qualquer professor estrangeiro ou um qualquer estudante africano da UBI disposto a ser “tratado” por esta futura médica? Os responsáveis pela Faculdade de Medicina da UBI estariam dispostos a confiar-lhe a saúde dos seus filhos ou dos filhos dos seus amigos doutra nacionalidade que não a portuguesa? Aqui está um bom exemplo de que não basta ter uma média de mais de 18 valores para se ser um bom médico, a humanidade do futuro médico é fundamental e quanto à humanidade (que para ela não se aplicará a todos os seres humanos) desta aluna estamos conversados! A Rita Vaz não é uma iletrada, não defende ideias cuja prática não se conheça, não pode prometer imparcialidade e humanidade no tratamento de futuros doentes, esquecendo (será que não sabe!?) o papel dos médicos (assassinos de bata branca é mais correcto) alemães durante o nazismo, como “carrascos voluntários de Hitler”. O nazismo é tudo menos imparcial e humano! “Os actos de violência dos skinheads, os nossos militantes mais fiéis, pertencem ao passado”, diz Rita Vaz ao jornal “Público” de domingo passado. Acredite quem quiser, eu não. Não estou disposto a dar-lhe o benefício da dúvida. Estará a Ordem dos Médicos? Estará a UBI? Estará o Estado Português? Estará a Justiça Portuguesa? Até quando? Até à primeira morte dum seu paciente? Lusitano, romanizado, cristianizado, barbarizado, islamizado, afrancesado, africanizado, abrasileirado, americanizado… cidadão português, me confesso. *Luís Norberto Lourenço (Licenciado em História: ramo científico) Castelo Branco, 16 de Abril de 2007
http://luisnorbertolourenco.blogs.sapo.pt/arquivo/1067068.html

Penamacor... voo rasante

http://raim.blogspot.com/2008/01/penamacor-voo-rasante.html

Após a revolução, vem o museu...


Onde está a estranheza deste meu título, quando a humanidade, não se lembra da lentidão do seu pensamento. A primeira lição que aprende em história é que o homem pouco mudou onde quase tudo mudou: as circunstâncias mudam e tão depressa! No mundo da mudança habita a desorientação crescente, envelhece a nossa habilidade para cuidar do mundo em que se vive. A confiança nos cientistas, nos jogos de realidade virtual e no boato que os políticos simulam. Este monopólio dos instruídos que vivem idealizando teorias para nos atirarem na crença. Porém, felizmente, existem sensibilidades preocupadas com o que há de mais elementar na agonizante vida terrestre. Todos entendemos a dor e o choro, todos sabemos de amores e de traições e, por vezes, esquecemos o mais natural. Neste grande relevo da sociedade, precipitadamente dividida entre leigos e competentes, nunca existirá consenso entre ambos. O mundo permite que bebamos na fonte do elixir de novas experiências, que constituem o derrame fulcral sobre os aspectos mais superficiais da nossa realidade. Por vezes, embriagamos o nosso espírito com saberes inócuos, opostos ao "pathos" da verdade. Neste canto tão pequeno do universo, onde nos afluem incontáveis quantidades da nossa náufraga ignorância, porque não desesperar e atirar contra o sol? Finalmente, atingido o ponto mais alto da ciência, deixa de ser necessário o mais simples invento, o da reciclagem. A cultura do lixo deverá ser acompanhada por outra: de reciclagem. E para completar o raciocínio digo que: a era do desperdício é também a era dos museus, dos parques naturais, da protecção, no sentido da continuidade da bio-deversidade.


segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Manifesto

Assim me manifesto: entramos num novo Século, num novo milénio…numa nova era. Se vivêssemos no princípio do século passado, seríamos futuristas…modernistas, surrealistas, letristas, ou até…situacionistas.
Manifesto-me contra uma vida controlada pelos média.
A preconizacão uma vida mais participativa, aberta ao diálogo, à troca de experiências, apenas quero dizer à Sociedade:

NÃO SE ACOMODEM! AGAM! FRUAM!

Eu privilegio a cultura como um meio de auto-promoção, deixar de ouvir o que os mandatários, do alto das suas torres, nos mandam fazer, comportar, vestir, actuar…Refutem todo o tipo de alienação, seja ela politica, social, cultural, utilizando o nosso discurso para melhor a decompor, e sem dúvida, DESTRUIR!

Proponho:

- Mais programas culturais: educativos, históricos, comunitários, no sentido de apelarem ao bem comum.
- A criação como modo de actuação: todo o momento é um pretexto para um acto criativo. É na superação de si próprio, como ser criativo, que se atinge o fulcro, a essência da revolução preconizada.
- Hoje em dia as classes sociais, enquadradas numa perspectiva histórica tendem a esbater-se, dando lugar a uma uniformidade.
- É necessário, para haver progresso, encontrar novos binómios. Eliminar o superego, ou seja, o binómio superioridade/inferioridade. A solução passa pelo surgimento de um binómio unipessoal, em que cada ser tende a superiorizar-se a si próprio.
- Não há respostas, apenas, certezas em cada um de nós, uma energia alternativa mais aliciante, ao teu alcance.

LIBERTA A ENERGIA POSITIVA QUE HÁ EM TI PARA PODERES CRIAR!

A 10ª ARTE DEVERÁ SER/ NÂO SER
- Aberta a uma pluralidade de sentidos/ significações…
- Desconstrutiva…
- Desprovida de funcionalidade…
- Referencial de contextos sociais diversificados…
- Destruidora de uniformidade…
- Representativa das aspirações individuais reprimidas…
- Reabilitadora das faculdades inatas a cada um…
- Via para a auto-afirmação pessoal…

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Origem do Dia dos Namorados

O Dia de São Valentim, (Valentine’s Day, em inglês) tem a sua origem num acontecimento ocorrido na segunda metade do século século III na cidade de Terni, a 75 km de Roma. O Império Romano era governado, na altura, por Claudius II (268 – 270) que estava envolvido em diversas campanhas militares consideradas demasiado sangrentas, o que levou a dificuldades na recruta de novos soldados para as legiões romanas. Tendo o Imperador considerado que a razão destas dificuldades residia no facto dos homens não quererem abandonar as suas namoradas, esposas e amantes, proibiu todos os noivados e casamentos em Roma. Contrariando essa determinação, Valentim, bispo de Terni, continuou a casar jovens apaixonados. Quando o Imperador tomou conhecimento da celebração dessas cerimónias, ordenou a decapitação do bispo Valentim, facto que ocorreu a 14 de Fevereiro de 270.Em 498, o Papa Gelasius santificou-o, passando o dia da sua morte a estar conotado com os apaixonados.As festividades em honra deste santo foram, pouco a pouco, substituindo as Lupercais, festa pagã da fertilidade que se realizava em meados de Fevereiro.
Durante a Idade Média, Valentim foi um dos santos mais populares na Inglaterra e na França.Vários países adoptaram este dia como feriado. É o caso da Inglaterrra desde o século VII e dos Estados Unidos desde 1700.Em Portugal, a devoção a São Valentim é bastante limitada. Não conhecemos, por exemplo, nenhuma freguesia que tenha este santo como patrono. Já o mesmo não se pode dizer de outros países onde a popularidade do santo é evidente. Em França, por exemplo, existe, no coração de Champagne Berrichonne (departamento de l'Indre), uma localidade chamada Saint-Valentin.
O costume de aproveitar esta data para oferecer algo a quem se ama, teve início em 1840, quando Esther A. Howland começou a produzir, em grande quantidade, lembranças para comemorar o Valentine's Day. Este procedimento foi-se alargando a todo o mundo, com o apoio dos lojistas que vêm na data uma boa oportunidade de negócio.Para além da compra de uma lembrança símbólica, não deixe de oferecer um cartão à pessoa que ama, mesmo que já tenha 100 anos e viva com ela há 80... Cai sempre bem!

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Golias o porco mais fotogénico do Mundo!!!


Arte funerária e sacra ao sabor das intempéries em Bemposta.


O apelidado na Bemposta de skiff (caixão comum), que em outros tempos era utilizado para aqueles que não tinham dinheiro para comprar um caixão, encontra-se no cemitério ao sabor das intempéries para além de outras peças de arte sacra, devendo contudo ser objectos de melhor sorte.
Quando não se conhece o significado das coisas, não se lhe atribui o devido valor…

O mau estado da estrada 233...


O tempo em que vivemos não se compadece com incúria, irresponsabilidade e laxismo. Como cidadão, estarei na primeira linha da denúncia pública sempre e quando achar que os direitos como cidadão não estão a ser respeitados ou quando verificar que os eleitos não cumprem as obrigações para que estão mandatados. De facto, não me posso conter perante a situação que me aconteceu no passado dia 10 de Fevereiro, quando circulava na estrada nacional 233 no sentido Penamacor - Castelo Branco no quilómetro 91,400 (depois da ponte de S. Gens), como não posso deixar de denunciar o que considero uma afronta para quem circula naquela estrada. Dirigia-me para Castelo Branco de carro com a minha namorada quando ao maldito quilómetro tivemos um despiste. A estrada encontra-se com as guias completamente apagadas e com as bermas danificadas. Dado a esta circunstância fomos projectados para o lado oposto da via e por sorte não devemos ferimentos graves, apenas o carro ficou danificado. Este é o panorama caótico que espelha uma das artérias que liga uma capital de distrito, mas, infelizmente, o caos, para muitos representa a normalidade. Esta realidade ruim, que se constata no concelho de Castelo Branco, é apanágio de países terceiro-mundistas... Por isso tomo a liberdade de me dirigir a V. Ex.ª e que remeta a queixa que vou apresentar para as mesas de trabalho dos técnicos de manutenção das estradas que essa Câmara, certamente, dispõe, pelo menos, para servir de lembrança daquilo que é urgente fazer!
Daniel Lopes

Autor: Daniel Lopes 21-02-2008 18:01:50

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Coríntios


“Quando eu era pequenino, costumava falar como pequenino, pensar como pequenino, raciocinar como pequenino; mas agora que me tornei homem, eliminei as (características) de pequenino. Pois atualmente vemos em contorno indefinido por meio dum espelho de metal, mas então será face a face. Atualmente eu sei em parte, mas então saberei exatamente, assim como também sou conhecido exatamente. Agora porém, permanecem a fé, a esperança, o amor, estes três; mas o maior destes é o amor.”

Biblia Liv. 1 Coríntios, 11, 12, 13 de Apóstolo Paulo

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

O mistério das cabras.


Muito estranho foi o episódio das cabras que foram levadas para a serra e presas num palheiro abandonado!!! Será que anda o chupa cabras a solta em Bemposta??? Mais um mistério para desvendar ou para ficar em águas de bacalhau…

Breve História do Núcleo Sexto Empírico da Universidade da Beira Interior


Para conhecermos a origem do Sexto Empírico, teremos que redireccionarmo-nos até ao ano de 1973, quando oficialmente foi instituído o Instituto Politécnico da Covilhã, ora, o IPC estava seriamente vocacionado para cursos técnicos na sua maioria de engenharias, onde se aliava a industria dos lanifícios com a formação académica, este foi o primeiro passo na Covilhã, um caminhar humilde, mas sempre interessado na evolução, como veremos mais à frente.

Em 1979 o IPC passa a denominar-se Instituto Universitário da Beira Interior, onde se inicia uma reconversão quase total da Covilhã. As antigas fábricas dos lanifícios são convertidas em Pólos de ensino, e entramos já no ano de 1986 onde o IUBI passa a UBI – Universidade da Beira Interior.

O projecto lançado em 1973 começa a ganhar mais forma, e o país olha para esta cidade outrora deprimida devido à crise dos lanifícios como uma nova oportunidade, onde as condições de ensino são de facto um bom exemplo para outras instituições. A UBI demonstra um espirito jovem , vanguardista e arrojado, como é o caso de possuir a Licenciatura de Filosofia.Foi precisamente no ano lectivo de 2001/02 que esta ainda jovem universidade abre as portas à licenciatura de Filosofia. Foi a força encorajadora do Professor Catedrático António Fidalgo, que o curso manteve e mantem um corpo docente à altura das exigências dos tempos e dos alunos, pois bem, era o director do curso, o Professor José Manuel Santos.

Depois da Licenciatura fundada, os poucos alunos que inauguraram a licenciatura, sentiram que ainda existiam algumas lacunas no seio académico e pedagógico, entre estes alunos encontravam-se Daniel Lopes e o Morgado. Estes dois jovens alunos arrancaram num projecto que ainda hoje é o “tubo de ensaio” de todos aqueles que passam pelo núcleo. Depois das formalizações legais, o núcleo toma forma e é no dia 26 de Maio de 2003 que toma posse, é então Presidente: -Morgado e Vice – Presidente: - Daniel Lopes.

O nome do Núcleo, -Sexto Empírico, vem do facto deste Filósofo céptico apaixonar e servir de exemplo aos fundadores, na medida em que promove um alcance intelectual entre a verdade e a procura da mesma. São talvez estes os fundamentos que façam deste Filósofo uma real mas céptica analogia na demanda que o próprio projecto do núcleo pretende alcançar. A virtude do mesmo é a de alcançar o humanismo filosófico e o relacionamento dos recursos humanos na praxis, “porque nem só de palavra vive o homem”, mas da absolvição anti-metafisica que a natureza, as artes e as pessoas fazem da vida enquanto bios. Todos estes conceitos estavam regulados pelos princípios das necessidades, tanto da licenciatura do ponto de vista pedagógico e da UBI em relação às infraestruturas académicas e não só. Era urgente que “cepticismo” do núcleo fosse levado à frente para conseguir promover uma melhor interacção entre os alunos, corpo Docente, Departamento, Reitoria e a própria Cidade da Covilhã.

O primeiro logotipo do núcleo tinha como ideia o rosto de um professor da Licenciatura de Filosofia, como tributo aos seus ensinamentos sobre o cepticismo. Foi o Professor Rui Bertrand que expôs de forma apaixonante o cepticismo de Sexto empírico e isso foi muito significativo, também o contributo do mesmo professor na altura da fundação foi decisivo do ponto de vista emocional e de incentivo para o surgimento do mesmo. O segundo logotipo tem a ideia de inovação e vanguarda, de união e amizade. As cores azuis, são a denominação de cor de curso e de Departamento.

Foi no biénio de 2004 e 2005 que Daniel Lopes assumiu a Presidência, onde elevou o nome do Sexto Empírico a toda a comunidade académica e covilhanense, o Sexto Empírico já não era um núcleo qualquer e isso foi decisivo para o reconhecimento dos estudantes de filosofia como de toda a gente. Daniel transmitia o espirito do associativismo de forma genuína e pura. A aposta pedagógica e cultural valeu-lhe o titulo de Daniel – O Verdadeiro.

Nos dois anos seguintes, 2006 e 2007, Guilherme L. L. Castanheira, assumia a Presidência do Sexto Empírico. Para além de defender que existe uma Filosofia Social apta a dialogar com a diferença, foi precisamente neste diálogo que aliou a Licenciatura de Filosofia a outras Licenciaturas, onde se abraçava um conhecimento “orgânico” e experimental. Foi este o mote de diversas actividades. Via o papel do núcleo como diplomatas e não políticos. Acreditava na sinergia da “organização”.

No ano de 2008 a renovação total aconteceu. Joana Tarana toma posse e consagra-se assim, como a Primeira Mulher a ser Presidente da Direcção do Sexto Empírico. Já outra mulher tinha chegado a Presidente, mas da Assembleia, Mariana Ferreira, cuja determinação lhe era reconhecida. Apesar de tudo Joana Tarana lidera de forma muito honesta toda uma tradição. A vontade dela é delicada mas consensual para com todos os estudantes de Filosofia.

O projecto Sexto Empírico é apoiado por várias personalidades, por mecenas que também eles acreditam na vontade da diferença.Desde sempre que o núcleo colabora com Corpo Docente, onde desde 2006, é Director do Curso de Filosofia o Professor José Rosa, que é um pilar, tanto da formação académica como espiritual. O Sexto Empírico é colaborado institucionalmente por Docentes, esta sinergia e união são fundamentais.

sábado, 2 de fevereiro de 2008

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008


«O homem torna-se muitas vezes o que ele próprio acredita que é. Se insisto em repetir para mim mesmo que não posso fazer uma determinada coisa, é possível que acabe por me tornar realmente incapaz de a fazer. Pelo contrário, se tenho a convicção de que posso fazê-la, certamente adquirirei a capacidade de realizá-la, mesmo que a não tenha no começo.»



Gandhi Mahatma

Ensaio sobre a Morte e Sobrevivência de Max Scheller


Max Scheller, no seu ensaio sobre “ Morte e Sobrevivência “, defende que a nossa morte é um facto presente na consciência humana de modo imediato e intuitivo. A certeza da morte depende de alguma experiência exterior, damos conta da morte pela intuição, ou seja somos mortais pelo facto de algum dia termos observado a morte nos outros. Mesmo que o homem fosse o único vivente sobre o planeta, ele saberia de alguma forma e por algum procedimento que a morte o espera. Assim, deduzimos que a certeza da morte é nos dada pelas marcas que ao longo da vida a idade vai deixando. Logo, o nosso conhecimento da morte se tivesse um carácter experimental, poderíamos morrer, estar enterrados por um determinado tempo no cemitério e ao fim de um tempo brotar para o sol que nós viu nascer. Se assim fosse, poderíamos dizer que tudo isto passava de um ciclo de morrer para renascer. Mas, a filosofia da morte de Max Scheller, vai ao encontro de uma realidade bem diferente, mesmo que o homem não conhecesse outros seres vivos, não percebesse em si os sintomas do envelhecimento, os elementos constitutivos das nossas percepções puras, lhe dariam indicadores. A morte encontra-se contida na estrutura do processo orgânico do homem. A realidade com que nós de deparamos é que a morte segue em igualdade com a sobrevivência, porque por pura circunstância do acaso podemos ter um acidente e morrer, como também podemos ter um acidente e lutar para sobreviver aos ferimentos deixados. Em todo o caso, é mais fácil morrer do que sobreviver e há mais liberdade no morrer do que no viver. Vou dar um exemplo, se perguntar a uma criança se ela prefere morrer ou viver, ela responderá que quer viver para poder brincar, pois os mortos não brincam. A criança muito cedo descobre as angústias e as obsessões da vida, encontrando às vezes soluções mágicas para justificar a morte. Note-se que, para as crianças, a morte é uma tomada de consciência relâmpago e aparece na maior parte das vezes associada às pessoas mais velhas.
O processo de consciência interior em Scheller consiste em três dimensões: presente, passado e futuro, em todas temos três espécies de actos: percepção, recordação e expectação imediata. Em cada momento da vida, vivenciamos “ algo que se distancia “ e “ algo que se aproxima “. As nossas recordações imediatas, como a nossas a nossas expectações imediatas são-nos dadas enquanto eficazmente actuantes sobre a nossa vivência do presente. Scheller apresenta a formula (t= p. + pr. + f.) ou seja o conteúdo total da vivência possui três dimensões (passado, presente e futuro), tendo cada uma determinada extensão. A extensão total aumenta com o desenvolvimento do homem, no seu percurso, de vida e numa direcção determinada e assim a dimensão do passado aumenta na medida em que decresce a dimensão do futuro. Deste modo, à medida que vamos vivendo o instante presente, vai diminuindo as possibilidades e vamos vivendo na expectativa de morrer, porque um dia a nossa hora vai chegar e será nesse instante que a carrasca nós encurtará o futuro. Portanto, na experiência da própria vida se dá-se simultaneamente uma experiência da morte, pois, ela é o elemento de todos os momentos, de modo que a morte não nos chega por acaso, ela é uma certeza intuitiva, é um facto da nossa existência, não pensem que vão ficar cá para semente. A este modo de repressão, Scheller adverte que se nos fosse constantemente dada a evidência que a morte nos persegue presentemente, a vida séria, por assim dizer, paralisada.
Os homens têm que morrer na sua própria morte e a única maneira de contornar este facto e tentar sobreviver na intuição que hoje, ele vive “ dia” até que subitamente, não haja mais um dia.



Quando não chove em Fevereiro, nem bom pão nem bom lameiro.