sexta-feira, 18 de julho de 2008

Eugénio de Andrade, de nome próprio José Fontinhas.



Eugénio de Andrade nasceu na Póvoa da Atalaia, no Fundão.

Ao longo da sua vida viveu em Lisboa, em Coimbra, onde terminou o liceu, e no Porto onde viveu durante largos anos.

Eugénio de Andrade é considerado um dos maiores poetas portugueses contemporâneos, encontrando-se a sua obra traduzida em várias línguas.

http://www.ecolenet.nl/tellme/poesia/eugenio.htm
(texto com supressões)


OBRAS DE EUGÉNIO DE ANDRADE



As Mãos e os Frutos,1948);
Os Amantes sem Dinheiro,1950;
As Palavras Interditas,1951;
Até Amanhã,1956;
Coração do Dia, 1958;
Mar de Setembro, 1961;
Ostinato Rigore, 1964;
Antologia Breve, 1972;
Véspera de Água, 1973;
Limiar dos Pássaros,1976;
Memória de Outro Rio, 1978;
Rosto Precário, 1979;
Matéria Solar, 1980;
Branco no Branco, 1984;
Aquela Nuvem e Outras, 1986;
Vertentes do Olhar, 1987;
O Outro Nome da Terra, 1988;
Poesia e Prosa, 1940-1989;
Rente ao Dizer, 1992;
À Sombra da Memória, 1993;
Ofício de Paciência, 1994;
Trocar de Rosa / Poemas e Fragmentos de Safo, 1995;
O Sal da Língua,1995



Sítios Web sobre o poeta
Fundação Eugénio de Andradehttp://www.fe.up.pt/feahttp://alf.fe.up.pt/fea/central.html Informação sobre a Fundação Eugénio de Andradehttp://www.citi.pt/cultura/literatura/poesia/e_andrade/fun_and.htmlBiografia de Eugénio de Andradehttp://www.ipn.pt/literatura/eugenio.htmPrémio vida literária para Eugénio de Andradehttp://portugal-linha.pt/literatura/noticias.html Webliografiahttp://www.ecolenet.nl/tellme/poesia/eugenio.htmhttp://www.ecolenet.nl/tellme/poesia/faz-conta.htm

quinta-feira, 17 de julho de 2008

Estradas Romanas



Foto- Ponte Romana de Alcántara, esta ponte comunicava vários municípios do norte do Tejo com a região do sul

As estradas romanas, assim vulgarmente chamadas, eram denominadas, pelos romanos, vias militares. Apresentavam apenas fragmentos de calcetaria; o resto era a natureza que o dava, nelas existiam pontes e além disso, determinadas estâncias, geralmente por mercê dos imperadores, para resguardo dos viandantes. Tinha-se, sobretudo, em vista, a defesa e comodidade das legiões em trânsito. A sua construção revelou-se como uma condição indispensável e decisiva no processo de consolidação do Império Romano na região. Com efeito, as formações sociais começam a mover-se segundo uma orgânica de funcionamento- politica, cultural e económica. E um dos mecanismos que permitia esse funcionamento foi precisamente o das vias.
As vias romanas não foram improvisadas por engenheiros de ocasião. Vinham de longe, eram sulcos remotos, correspondendo a direcções ideais, conformadas com a natureza e o acidente do terreno. Por estas vias, embora naturais mas de intenso tráfego para a época, foram surgindo ao longo delas, as feitorias romanas: “vilas”, templos, mansões militares, de que depois se formaram gradas povoações romanas, germes das que actualmente existem.

Os pés romanos pisaram a nossa região, com o passar dos tempos ao longo das linhas de água, exploraram as pequenas várzeas circundantes, construíram as suas modestas casas rústicas, rasgaram caminhos, calçando-os, abriram poços, fizeram represas, erigiram monumentos aos seus deuses e defuntos. De tal modo as colonizações foram intensas, que decorridos quase dois milénios, os seus vestígios abundam na nossa região.

Origens do Topónimo Gardunha


Admite-se que a etimologia do topónimo Gardunha é à partida controversa. A origem da toponímia reserva-nos pois algumas dúvidas. Só a partir do Séc. XVII alguns autores (todos Religiosos) se ativeram a alvitar as raízes do vocábulo Assim, foi Frei Agostinho de Santa Maria a propor a filiação do nome tradicional episódio da fuga dos visigodos para a Gardunha, aquando da invasão da Idanha pelos Árabes: “ Guardunha, que na língua Arabiga, donde tomou o nome quer dizer, acolhimento da Idanha; porque guarda, significa acolhimento: odunha, odonha por corrupção do vocábulo vale o mesmo que Idanha”. O laborioso agostinho descalço resolve assim, com relativa facilidade, uma questão que nos parece ainda hoje intrincada. Mas outros seguiram o mesmo trilho. Frei Francisco de Santiago, em escusável plagiato de Frei Agostinho, escreve: “ Gardunha, palavra Arabiga, que significa refugio, ou guarda da Idanha; mas entendemos que o sítio, onde se vieram refugiar, e tomar assento os Egitanienses ou Idanhenses, foi o que ainda hoje conserva o nome de Gardunha, servindo-se o mais de muro forte contra os Mouros”.
Propendamo-nos então à tese que sustenta a denominação da Serra segundo a espécie animal que a grafia da palavra irmana: o gardunho. Espécie aparentada com texugo, tourão, fuinha, ou furão- bravo, o substantivo masculino que os compêndios da especialidade reconhecem hoje para mencionar assumiu, na idade Média, o género feminino: gardunia. Ao que parece, a sua pele era bastante apreciada, é então possível que, por referência à eventual abundância destes animais na serra, a mesma tomasse daí a designação.
Leite de Vasconcelos é dos que se inclina para aceitar esta segunda possibilidade da origem toponímica da Serra: “A Serra da Gardunha representa na toponímia (…) “o animal (do mesmo nome): fuinha, fuinho, papalvo”.