Eugénio de Andrade nasceu na Póvoa da Atalaia, no Fundão.
Ao longo da sua vida viveu em Lisboa, em Coimbra, onde terminou o liceu, e no Porto onde viveu durante largos anos.
Eugénio de Andrade é considerado um dos maiores poetas portugueses contemporâneos, encontrando-se a sua obra traduzida em várias línguas.
http://www.ecolenet.nl/tellme/poesia/eugenio.htm (texto com supressões)
OBRAS DE EUGÉNIO DE ANDRADE
As Mãos e os Frutos,1948); Os Amantes sem Dinheiro,1950; As Palavras Interditas,1951; Até Amanhã,1956; Coração do Dia, 1958; Mar de Setembro, 1961; Ostinato Rigore, 1964; Antologia Breve, 1972; Véspera de Água, 1973; Limiar dos Pássaros,1976; Memória de Outro Rio, 1978; Rosto Precário, 1979; Matéria Solar, 1980; Branco no Branco, 1984; Aquela Nuvem e Outras, 1986; Vertentes do Olhar, 1987; O Outro Nome da Terra, 1988; Poesia e Prosa, 1940-1989; Rente ao Dizer, 1992; À Sombra da Memória, 1993; Ofício de Paciência, 1994; Trocar de Rosa / Poemas e Fragmentos de Safo, 1995; O Sal da Língua,1995
Sítios Web sobre o poeta Fundação Eugénio de Andradehttp://www.fe.up.pt/feahttp://alf.fe.up.pt/fea/central.html Informação sobre a Fundação Eugénio de Andradehttp://www.citi.pt/cultura/literatura/poesia/e_andrade/fun_and.htmlBiografia de Eugénio de Andradehttp://www.ipn.pt/literatura/eugenio.htmPrémio vida literária para Eugénio de Andradehttp://portugal-linha.pt/literatura/noticias.html Webliografiahttp://www.ecolenet.nl/tellme/poesia/eugenio.htmhttp://www.ecolenet.nl/tellme/poesia/faz-conta.htm
Foto- Ponte Romana de Alcántara, esta ponte comunicava vários municípios do norte do Tejo com a região do sul
As estradas romanas, assim vulgarmente chamadas, eram denominadas, pelos romanos, vias militares. Apresentavam apenas fragmentos de calcetaria; o resto era a natureza que o dava, nelas existiam pontes e além disso, determinadas estâncias, geralmente por mercê dos imperadores, para resguardo dos viandantes. Tinha-se, sobretudo, em vista, a defesa e comodidade das legiões em trânsito. A sua construção revelou-se como uma condição indispensável e decisiva no processo de consolidação do Império Romano na região. Com efeito, as formações sociais começam a mover-se segundo uma orgânica de funcionamento- politica, cultural e económica. E um dos mecanismos que permitia esse funcionamento foi precisamente o das vias. As vias romanas não foram improvisadas por engenheiros de ocasião. Vinham de longe, eram sulcos remotos, correspondendo a direcções ideais, conformadas com a natureza e o acidente do terreno. Por estas vias, embora naturais mas de intenso tráfego para a época, foram surgindo ao longo delas, as feitorias romanas: “vilas”, templos, mansões militares, de que depois se formaram gradas povoações romanas, germes das que actualmente existem.
Os pés romanos pisaram a nossa região, com o passar dos tempos ao longo das linhas de água, exploraram as pequenas várzeas circundantes, construíram as suas modestas casas rústicas, rasgaram caminhos, calçando-os, abriram poços, fizeram represas, erigiram monumentos aos seus deuses e defuntos. De tal modo as colonizações foram intensas, que decorridos quase dois milénios, os seus vestígios abundam na nossa região.
Admite-se que a etimologia do topónimo Gardunha é à partida controversa. A origem da toponímia reserva-nos pois algumas dúvidas. Só a partir do Séc. XVII alguns autores (todos Religiosos) se ativeram a alvitar as raízes do vocábulo Assim, foi Frei Agostinho de Santa Maria a propor a filiação do nome tradicional episódio da fuga dos visigodos para a Gardunha, aquando da invasão da Idanha pelos Árabes: “ Guardunha, que na língua Arabiga, donde tomou o nome quer dizer, acolhimento da Idanha; porque guarda, significa acolhimento: odunha, odonha por corrupção do vocábulo vale o mesmo que Idanha”. O laborioso agostinho descalço resolve assim, com relativa facilidade, uma questão que nos parece ainda hoje intrincada. Mas outros seguiram o mesmo trilho. Frei Francisco de Santiago, em escusável plagiato de Frei Agostinho, escreve: “ Gardunha, palavra Arabiga, que significa refugio, ou guarda da Idanha; mas entendemos que o sítio, onde se vieram refugiar, e tomar assento os Egitanienses ou Idanhenses, foi o que ainda hoje conserva o nome de Gardunha, servindo-se o mais de muro forte contra os Mouros”. Propendamo-nos então à tese que sustenta a denominação da Serra segundo a espécie animal que a grafia da palavra irmana: o gardunho. Espécie aparentada com texugo, tourão, fuinha, ou furão- bravo, o substantivo masculino que os compêndios da especialidade reconhecem hoje para mencionar assumiu, na idade Média, o género feminino: gardunia. Ao que parece, a sua pele era bastante apreciada, é então possível que, por referência à eventual abundância destes animais na serra, a mesma tomasse daí a designação. Leite de Vasconcelos é dos que se inclina para aceitar esta segunda possibilidade da origem toponímica da Serra: “A Serra da Gardunha representa na toponímia (…) “o animal (do mesmo nome): fuinha, fuinho, papalvo”.