quinta-feira, 4 de novembro de 2010

RESUMO DO PRÓLOGO, D. QUIXOTE DE LA MANCHA DE MIGUEL DE CERVANTES

O autor confessa que não quer pedir ao leitor que o desculpe das faltas que encontrar na sua obra. Para os pais, os filhos não têm defeitos devido ao amor que nutrem por eles, mas o leitor não é parente da sua obra ou melhor, de Dom Quixote, nem sequer este é filho do autor mas enteado.
Confessa também que quereria apresentar a obra sem qualquer prefácio e que lhe está a custar mais fazê-lo do que lhe custou elaborar a história.
Queixa-se então a um amigo que o visita, de não saber como elaborar o seu prefácio nem de saber fazer o mais que é costume acontecer nos livros: notas à margem, citações de filósofos e santos, sonetos, epigramas, elogios, lista de autores consul-tados...
O amigo dá-lhe conselhos dizendo-lhe para fazer como os outros que inserem poemas seus e os atribuem a outrem porque ninguém se dá ao trabalho de investigar, para incluir citações fáceis de obter (de preferência em latim) e para incluir também uma lista de autores, retirada de um catálogo, dizendo que foram consultados para a obra.
Acrescenta que o livro não carece porém de nenhuma destas coisas pois é uma invectiva contra os livros de cavalarias.
Remata o autor dizendo que inserirá as graças escudeirais que abundam nesses livros ocos que se encontram amplamente espalhados.


Resumido em 2005
Revisto e impresso em 2009
por Manuel Eduardo Dias Mendes de Oliveira

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