sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

Breve História do Núcleo Sexto Empírico da Universidade da Beira Interior


Para conhecermos a origem do Sexto Empírico, teremos que redireccionarmo-nos até ao ano de 1973, quando oficialmente foi instituído o Instituto Politécnico da Covilhã, ora, o IPC estava seriamente vocacionado para cursos técnicos na sua maioria de engenharias, onde se aliava a industria dos lanifícios com a formação académica, este foi o primeiro passo na Covilhã, um caminhar humilde, mas sempre interessado na evolução, como veremos mais à frente.

Em 1979 o IPC passa a denominar-se Instituto Universitário da Beira Interior, onde se inicia uma reconversão quase total da Covilhã. As antigas fábricas dos lanifícios são convertidas em Pólos de ensino, e entramos já no ano de 1986 onde o IUBI passa a UBI – Universidade da Beira Interior.

O projecto lançado em 1973 começa a ganhar mais forma, e o país olha para esta cidade outrora deprimida devido à crise dos lanifícios como uma nova oportunidade, onde as condições de ensino são de facto um bom exemplo para outras instituições. A UBI demonstra um espirito jovem , vanguardista e arrojado, como é o caso de possuir a Licenciatura de Filosofia.Foi precisamente no ano lectivo de 2001/02 que esta ainda jovem universidade abre as portas à licenciatura de Filosofia. Foi a força encorajadora do Professor Catedrático António Fidalgo, que o curso manteve e mantem um corpo docente à altura das exigências dos tempos e dos alunos, pois bem, era o director do curso, o Professor José Manuel Santos.

Depois da Licenciatura fundada, os poucos alunos que inauguraram a licenciatura, sentiram que ainda existiam algumas lacunas no seio académico e pedagógico, entre estes alunos encontravam-se Daniel Lopes e o Morgado. Estes dois jovens alunos arrancaram num projecto que ainda hoje é o “tubo de ensaio” de todos aqueles que passam pelo núcleo. Depois das formalizações legais, o núcleo toma forma e é no dia 26 de Maio de 2003 que toma posse, é então Presidente: -Morgado e Vice – Presidente: - Daniel Lopes.

O nome do Núcleo, -Sexto Empírico, vem do facto deste Filósofo céptico apaixonar e servir de exemplo aos fundadores, na medida em que promove um alcance intelectual entre a verdade e a procura da mesma. São talvez estes os fundamentos que façam deste Filósofo uma real mas céptica analogia na demanda que o próprio projecto do núcleo pretende alcançar. A virtude do mesmo é a de alcançar o humanismo filosófico e o relacionamento dos recursos humanos na praxis, “porque nem só de palavra vive o homem”, mas da absolvição anti-metafisica que a natureza, as artes e as pessoas fazem da vida enquanto bios. Todos estes conceitos estavam regulados pelos princípios das necessidades, tanto da licenciatura do ponto de vista pedagógico e da UBI em relação às infraestruturas académicas e não só. Era urgente que “cepticismo” do núcleo fosse levado à frente para conseguir promover uma melhor interacção entre os alunos, corpo Docente, Departamento, Reitoria e a própria Cidade da Covilhã.

O primeiro logotipo do núcleo tinha como ideia o rosto de um professor da Licenciatura de Filosofia, como tributo aos seus ensinamentos sobre o cepticismo. Foi o Professor Rui Bertrand que expôs de forma apaixonante o cepticismo de Sexto empírico e isso foi muito significativo, também o contributo do mesmo professor na altura da fundação foi decisivo do ponto de vista emocional e de incentivo para o surgimento do mesmo. O segundo logotipo tem a ideia de inovação e vanguarda, de união e amizade. As cores azuis, são a denominação de cor de curso e de Departamento.

Foi no biénio de 2004 e 2005 que Daniel Lopes assumiu a Presidência, onde elevou o nome do Sexto Empírico a toda a comunidade académica e covilhanense, o Sexto Empírico já não era um núcleo qualquer e isso foi decisivo para o reconhecimento dos estudantes de filosofia como de toda a gente. Daniel transmitia o espirito do associativismo de forma genuína e pura. A aposta pedagógica e cultural valeu-lhe o titulo de Daniel – O Verdadeiro.

Nos dois anos seguintes, 2006 e 2007, Guilherme L. L. Castanheira, assumia a Presidência do Sexto Empírico. Para além de defender que existe uma Filosofia Social apta a dialogar com a diferença, foi precisamente neste diálogo que aliou a Licenciatura de Filosofia a outras Licenciaturas, onde se abraçava um conhecimento “orgânico” e experimental. Foi este o mote de diversas actividades. Via o papel do núcleo como diplomatas e não políticos. Acreditava na sinergia da “organização”.

No ano de 2008 a renovação total aconteceu. Joana Tarana toma posse e consagra-se assim, como a Primeira Mulher a ser Presidente da Direcção do Sexto Empírico. Já outra mulher tinha chegado a Presidente, mas da Assembleia, Mariana Ferreira, cuja determinação lhe era reconhecida. Apesar de tudo Joana Tarana lidera de forma muito honesta toda uma tradição. A vontade dela é delicada mas consensual para com todos os estudantes de Filosofia.

O projecto Sexto Empírico é apoiado por várias personalidades, por mecenas que também eles acreditam na vontade da diferença.Desde sempre que o núcleo colabora com Corpo Docente, onde desde 2006, é Director do Curso de Filosofia o Professor José Rosa, que é um pilar, tanto da formação académica como espiritual. O Sexto Empírico é colaborado institucionalmente por Docentes, esta sinergia e união são fundamentais.

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