segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Viva, caríssimos contêranios...

Isto é uma ideia, não querendo dizer que surjam outras…

 

Designação da Associação: "Associação Gens Isibraia"

 

Argumento: Bemposta Corresponde ao lugar ou à gens isibraia

Segundo as actas e memórias do 1º colóquio de Arqueologia e História do Concelho de Penamacor, realizado entre os dias 5, 6 e 7 de Outubro de 1979, o estudo que nos revela Joaquim Candeias da Silva (subsídios para o estudo da viação romana no Sw do antigo território Penamacorense), no 3.ponto do seu estudo (Da Bemposta à Mata (Da Rainha), refere a Bemposta como a aldeia mais rica em vestígios romanos do concelho de Penamacor, digna da maior atenção de estudos epigrafistas. Aponta duas aras dedicadas ao Deus indígena Bandis Isibraiegvs:

1-    “ BANDI / ISIBRAIEGUI / CILIVS / CAMALI / F (ilius) V (otum) S (Olvit) ”.

Tradução- Cílio, filho de Camalo, pagou (esta) promessa a Bandis Isibraiegus

2-    (M) A TER (N) / VS M (A E) LON (LS) F (Ilinua) BA (N) DI IS (i) B (RA (iecui)) / (Votum) S (olvit) L (ibens) (M (erito))”.

Tradução- Materno, filho de Melão, pagou de bom grado (a sua) promessa ao mérito de Bandis Isibraecus.

 

Muito já se escreveu relativamente ao culto a Banda, esta divindade indígena com o nome assente no radical, José d’Encarnação, que produziu um trabalho de Síntese, relativamente a este assunto, contabilizou 28 inscrições encontradas no Ocidente Peninsular, o mesmo conclui, apenas estas duas aras referem o Deus Isibraieco: trata-se de um epíteto circunscrito à Bemposta. Seria então Bemposta uma povoação, correspondente ao lugar à gens Isibraia.

 

Âmbito:  Associação de Estudo e Defesa do Património Cultural e Natural de Bemposta.

 

Logótipo: ara que se refere ao epíteto atribuído pelos romanos a Bemposta, estilizado...

 

O que acham da ideia?

 

Em breve espero ter a confirmação do Prof. José d’Encarnação, (É Professor Catedrático, desde 1991, na Universidade de Coimbra, onde ingressou como docente em 1976. Escreveu mais de quatro centenas e meia de artigos em revistas da especialidade, tem proferido conferências para os mais diversos públicos, e já participou em mais de centena e meia de reuniões científicas, em Portugal e no estrangeiro, geralmente com comunicação. Especializou-se em Epigrafia, domínio científico em que publicou as seguintes obras: Divindades Indígenas sob o Domínio Romano em Portugal (Subsídios para o seu Estudo), Imprensa Nacional – Casa da Moeda, Lisboa, 1975, que constituiu a sua dissertação de Licenciatura; Inscrições Romanas do Conventus Pacensis – Subsídios para o Estudo da Romanização, 2 volumes, Coimbra, 1984 (a sua tese de Doutoramento); Introdução ao Estudo da Epigrafia Latina, Coimbra, 11979, 21987, 31997; Roteiro Epigráfico Romano de Cascais, Cascais, 1994 e 2001; Estudos sobre Epigrafia, Coimbra, 1998. Nomeado, a 18 de Outubro de 2001, Doutor Honoris Causa pela Universidade de Poitiers (França); foi agraciado, em Julho de 1994, com a medalha de mérito municipal de Cascais; e recebeu do Rotary Club de Cascais Estoril o diploma de Mérito Profissional Rotário, a 31 de Outubro de 2000. A sua biografia consta do livro Personalidades da Costa do Estoril, I vol., Cascais, 1995, pp. 277-284).

   Este grande Homem e aos estudos por ele realizados, seria uma honra recebe-lo na nossa terra, como padrinho da Associação. Já entramos em contacto com ele... 


Cumprimentos


Daniel Lopes

 

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