quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Esta ficou tatuada para todo o sempre, mesmo com as chamadas de atenção, não quiseram mexer palha...


Bemposta, 500 anos de Foral Manuelino

O ano de 2010 marca a passagem dos 500 anos da doação da carta de foral a Bemposta, que ocorreu a 1 de junho de 1510 no mesmo dia que é concedida à Vila de Penamacor. Um marco importante na construção da lógica territorial do Concelho e que assinala o reconhecimento administrativo pelo Rei D. Manuel I, e cuja autonomia fiscal, jurídica e administrativa é, desta forma, institucionalizada com a doação dos forais. Estes documentos ocupam assim um lugar de grande importância na história do Concelho de Penamacor, pois permite-nos perceber como decorria a vida das populações na época Quinhentista, contendo fiéis descrições dos produtos agrícolas da época e dos modos de vivência do povo, entre outras.

Dada a sua importância e autonomia a Bemposta foi sede de concelho até 1836, quando foi extinto o município pela Rainha D.Maria II, para ser primeiramente integrado em Monsanto, e mais tarde (1848) em Penamacor. Desta perda de autonomia ainda permanece o pelourinho, antiga Casa da Câmara, tribunal e prisão, que ainda hoje se erguem num largo central da povoação, junto à Capela do Espírito Santo (século XVIII) e à Torre Sineira (possivelmente uma antiga Torre de Menagem medieval). O monumento original foi erguido em data incerta, sendo de supor que datasse da concessão de foral manuelino.

2010, é assim, um ano de grande importância histórica para o concelho e para esta pequena - grande aldeia, o foral concedido deve ser motivo de valorização e comemoração, não só pela história mas, também pelo património que esta terra encerra.

Daniel Lopes




7 comentários:

Isibraiego disse...

Existem verdades que a gente só pode dizer depois de ter conquistado o direito de as dizer...

Isibraiego disse...

Foi publicado no Reconquista meses e meses antes ao acontecimento. Nem assim conseguiram atingir!!! Preguiça aguda onde esta o lado social? Onde? Grande oportunidade de promover a terra...Não sabem fazer as coisas, mas os 800 de Penamacor comemoraram. Só vem para dentro...Esta não vou perdoar, até porque a ideia e a lembrança partiu do Sr. Presidente da Junta da Bemposta que não conseguiu sequer formar uma comissão de honra. Lamento esta não tem perdão nem desculpas com os outros...Tantas vezes me oferece para colaborar, não querem ajudas da oposição, não querem ideias da oposição. Depois caiam na inércia de não fazer nada. Pergunto o que querem estes Senhores?

Anónimo disse...

Nao se preocupe, a partir de 12 julho, Acabou-se.

Nem terra, nem gentes, nem junta...



Coruja da Nave

Isibraiego disse...

Ei... Coruja da Neve, nem tanto ao céu, nem tanto à terra, diz o ditado popular.Bastaria que pessoas fossem mais sinceras, honestas e humildes ... instantanemente eliminados e atitudes surpeendentemente menos egoístas. .... Que a esperança nunca me pareça um NÃO. Que ainda a gente teima em construir ... Quero, um dia, poder dizer às pessoas que nada foi em vão. .... Cada vez de forma diferente e adaptados a outras realidades...

Isibraiego disse...

Para terminar...Eu ainda sou daqueles que acredita no potencial turístico que aquela terra pode oferecer...acredito severamente...com um bom projeto e estratégia a gente ia lá...Agora não é com politicas derrotistas, mezungas que vão lá...não é, nem nunca vai ser. E com boas ideias, dinâmica e bola para a frente. Agora assim claro: nem terra, nem gentes, nem junta...Isso não vai acontecer eu sou guardião, pelo um costela da antiga Grécia. Quanto uma montanha não se pode demolir com maquinas vai ao burro...Hoje fico por aqui..

Isibraiego disse...

onde se lê "pelo um " o que queria dizer é "tenho uma"...

Anónimo disse...

Caro amigo.

Bom ano para si.
Quando percorro aquela aldeia durante o dia, em que era frequente ver pessoas a falar, burros a zurrar, cabras a pastar, galinhas a cacarejar e não vejo ninguém... simplesmente ouço as oliveiras a abanar com o vento ou o nosso querido sino de meia em meia hora a despertar o silêncio... dá-me tremenda angústia.

Como era bom...

Bastaram 10 anos para que aquele local que me fazia sonhar, me faça agora entristecer de nostalgia...

Mais triste fico, quando penso, o que será daqui a 10 anos?

Seria bom que a nossa aldeia chamasse mais a atenção aos visitantes forasteiros e as próprias entidades locais se esforçassem em fazê-lo.

Mas não vejo nada.

Talvez se a Câmara fosse a de Idanha, seia mais promovida.

Talvez...

Oxalá que dentro de 10 anos o cenário que temo, seja bem diferente.

Oxalá!



José Beirão