segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Cova da Beira- Território na época romana: Ocupação



Mapa- Localização de alguns territórios da Lusitânia- Romana

Quando os exércitos de Décio Júnio Bruto entraram em território nacional, terão deparado com o imponente complexo orográfico da Meseta Ibérica, terão deparado com o imponente complexo orográfico chamados Montes Hermínios, onde, segundo a tradição multissecular, estariam estabelecidos os Lusitanos.
Convergindo com as fontes clássicas, a conquista definitiva desta região só se deu no dealbar do Séc. II a.c, até se atingir a almejada “pax-romana”.
Em 197 a.c a Hispânia área peninsular sob domínio romano terá sido dividida, para fins administrativos, em duas diferentes províncias: a Cinterior (que ia dos Pirenéus ao rio Almanzora, sensivelmente a meia distancia de Cartagena e Almeria) e a Ulterior (dali para sul e ocidente, compreendendo nos limites parte do território hoje nacional).
Por volta de 194 a.c em Ilipia, perto da Cidade espanhola de Sevilha, terá acontecido o primeiro recontro entre Lusitanos e Romanos. A partir daí há informações de numerosas refregas durante meio Século, após um breve período de acalmia, entre 149 e 148, por volta de 147 a.c, a guerrilha Lusitânia iria conhecer novos desenvolvimentos com Viriato, que reacendera as disputas.
Quanto a Viriato e mesmo até sobre os Lusitanos, suas origens, real implantação geográfica, âmbito de acção. A arqueologia e epigrafia não se têm revelado muito frutuosa no esclarecimento de questões, algumas fontes provém de procedências clássicas romanas, em boa parte desvirtuadas e coloridas por acção de autores renascentistas que pretenderam enfatizar um alegado “génio lusitano”, poderoso interveniente na origem da portugalidade.
O processo de delimitação territorial de unidades políticas autónomas e organizadas ter-se-á desenrolado, na região no principado de Augusto, mais precisamente entre 4 e 5 d.c. (quando o governador da Lusitania era Q.Articuleio Régulo), como atestam os terminus augustales de Peroviseu (Fundão) e Salvador (Penamacor) (Alarção e ETIENNE, 1976: Pág. 175 e 176). “Para além do exposto, fornece o marco de Peroviseu elementos de segura, ou muito provável, localização de alguns territórios da Lusitânia, como, entre outros, os correspondentes ao moderno concelho do Fundão, Penamacor, Idanha-a-Nova e em grande parte do seu alfoz (áreas da Igeditânia e da Lância Opidana).” (José Alves Monteiro, distinto arqueólogo e fundador do Museu do Fundão, 1971).

1 comentário:

Anónimo disse...

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